SÃO PAULO (Reuters) - Metalúrgicos da General Motors (NYSE:GM) em São José dos Campos (SP) aceitaram nesta quinta-feira suspensão de contratos de trabalho de até 250 trabalhadores da unidade depois que a montadora concordou em dar estabilidade de emprego para todos os funcionários da fábrica.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os contratos de até 250 funcionários da fábrica serão suspensos entre 12 de julho e 25 de agosto, com o período podendo ser prorrogado. Pela legislação atual, a suspensão dos contratos pode ser feita por até 120 dias.
A entidade afirmou que a proposta inicial apresentada pela montadora não trazia a garantia da estabilidade para todos da fábrica, prevendo o benefício apenas para os que estivessem com o contrato suspenso. A inclusão foi uma exigência da categoria.
A montadora afirmou que a necessidade de suspensão dos contratos ocorre diante da falta de peças que atinge o setor automotivo. Nessa semana, a associação de montadoras, Anfavea, citou problema de escassez de componentes eletrônicos para a montagem dos veículos pelo setor, algo que poderá começar a ser resolvido somente a partir de meados do ano que vem.
A fábrica da GM em São José dos Campos produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer e possui cerca de 3.800 trabalhadores, afirmou o sindicato.
(Por Alberto Alerigi Jr.)