Investing.com - A Triunfo Participações e Investimentos (TPI), e sua subsidiária, Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil (Concebra), informaram que chegaram a um acordo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que as condições vigentes no empréstimo-ponte aprovado para a concessionária em junho de 2014 fossem repactuadas.
Com isso, os papéis eram negociados com alta de 2,38% a R$ 1,72, por volta das 15h15 desta sexta-feira.
Dessa forma, o novo formato do financiamento obtido contempla, dentre outros fatores, o perdão dos encargos moratórios através de um bônus de adimplemento. A repactuação prevê a destinação de 27% do faturamento da concessionária, em condições de normalidade, arrecadado mensalmente, para pagamento do serviço da dívida, além da mudança de indexador de TJLP + 2% a.a. para TLP + 2% a.a.
Por fim, o saldo de dívida, sem considerar os encargos moratórios, atualizado em dezembro de 2019 é de cerca de R$792 milhões.
Relicitação
No começo do mês, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu mais um passo para viabilizar a devolução amigável das concessões problemáticas de rodovias. No entanto, ainda não está claro se a relicitação dos contratos será, de fato, acatada pelas empresas.
A diretoria do órgão aprovou a resolução com as regras da indenização àqueles que aceitarem devolver suas concessões. A partir de agora, com os critérios em mãos, as empresas poderão fazer seus cálculos, para avaliar se a medida é a mais vantajosa.
A devolução amigável prevê que a empresa abra mão de seu contrato, para que seja relicitado. Durante esse processo, que dura ao menos dois anos, a companhia continua responsável pela manutenção dos serviços, até que o outro controlador privado assuma.
A Concebra é apontada como uma das possíveis concessões a serem devolvidas, com receita anual de R$ 273,32 milhões, uma queda de 21,63% no ano. A rodovia tem, no acumulado entre janeiro e setembro, prejuízo de R$ 47,3 milhões.