(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou uma visita ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças em Atlanta, nesta sexta-feira, dizendo que não queria "interferir" enquanto a agência trabalha para conter o coronavírus que infectou mais de 100 mil pessoas no mundo.
Trump cancelou os planos de viajar para a sede da principal agência dos EUA que luta contra o surto antes de sancionar lei que aloca 8,3 bilhões de dólares para impedir a propagação do vírus. O projeto foi aprovado pelo Senado por 96 votos a 1 na quinta-feira.
"O CDC tem sido proativo e preparado desde o início, e o presidente não quer interferir na missão do CDC de proteger a saúde e o bem-estar do povo", disse uma autoridade da Casa Branca, explicando a decisão de cancelar a viagem.
O número de mortos pela doença respiratória subiu para 14 nos Estados Unidos na sexta-feira, de acordo com dados de saúde pública compilados pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins.
Mais de 100 mil pessoas foram infectadas em todo o mundo, incluindo mais de 230 nos EUA. Mais de 3.400 pessoas morreram globalmente, a maioria delas na China.
Doze das mortes nos EUA foram registradas no Condado de King, no Estado de Washington, onde pelo menos seis pessoas morreram em um surto numa instalação de enfermagem no subúrbio de Kirkland, em Seattle.
"Este é um momento crítico no crescente surto de COVID-19 no Condado de King County", disse o condado em comunicado na quinta-feira. "Todos os moradores do Condado de King devem seguir as recomendações de saúde pública. Juntos, podemos impactar potencialmente a propagação da doença em nossa comunidade."
Mais de 3 bilhões de dólares do dinheiro aprovado destinam-se à pesquisa e ao desenvolvimento de vacinas, kits de exames e tratamentos. Até o momento, não existem vacinas ou tratamentos aprovados para a doença, que começou na China e se espalhou para cerca de 80 países e territórios.