A TuSimple, empresa de caminhões autônomos, concordou em pagar US$ 189 milhões para encerrar um processo judicial que alegava que a companhia enganou investidores sobre seu histórico de segurança e ocultou o envolvimento de três pessoas ligadas à empresa com um concorrente chinês do setor de caminhões. O acordo preliminar, apresentado na segunda-feira em um tribunal federal em San Diego, aguarda aprovação do juiz.O processo alegava que a TuSimple distorceu informações sobre a segurança de sua tecnologia de caminhões autônomos antes de sua oferta pública inicial (IPO) em abril de 2021, com a intenção de aperfeiçoar a tecnologia nos Estados Unidos e depois transferi-la para a empresa chinesa Hydron.Os acionistas foram alertados sobre os possíveis problemas de segurança após um relatório em agosto de 2022 que destacou um acidente em uma rodovia do Arizona ocorrido quatro meses antes, levantando preocupações sobre o compromisso da empresa com a segurança.O valor do acordo inclui US$ 174 milhões da TuSimple e mais US$ 15 milhões das seguradoras da empresa, depositados em uma conta de garantia, conforme indicado nos documentos judiciais. A TuSimple, juntamente com seus fundadores, executivos e bancos subscritores, negaram qualquer irregularidade como parte do acordo.A empresa, que foi retirada da listagem da NASDAQ em janeiro, havia arrecadado anteriormente US$ 1,35 bilhão em seu IPO, precificando as ações a US$ 40 cada. Na tarde de terça-feira, as ações estavam sendo negociadas a 20 centavos de dólar no Pink Sheets, um mercado de balcão.Os advogados que representam os acionistas podem solicitar até 25% do valor do acordo, o que corresponde a aproximadamente US$ 47 milhões, para honorários advocatícios. A TuSimple não se pronunciou sobre o acordo até terça-feira.O caso, conhecido como Dicker et al v. TuSimple Holdings Inc et al, está sendo julgado no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul da Califórnia, sob o número 22-01300.A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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