PARIS (Reuters) - A Comissão Europeia solicitou informações nesta quarta-feira ao YouTube, Snapchat e TikTok sobre os parâmetros usados por seus algoritmos para recomendar conteúdo aos usuários e sobre o papel dessas redes na amplificação de alguns riscos sistêmicos, incluindo aqueles relacionados ao processo eleitoral, à saúde mental e à proteção de menores.
Os pedidos, feitos com base na Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), "também dizem respeito às medidas das plataformas para mitigar a influência potencial de seus sistemas de recomendação na disseminação de conteúdo ilegal, como a promoção de drogas ilegais e discurso de ódio", disse a Comissão Europeia em um comunicado.
A comissão informou que havia solicitado informações adicionais ao TikTok sobre as medidas adotadas pela empresa para evitar que maus atores manipulassem o aplicativo e para reduzir os riscos relacionados às eleições e ao discurso cívico.
As empresas de tecnologia precisam fornecer as informações solicitadas até 15 de novembro, segundo a União Europeia, e após isso a comissão decidirá sobre os próximos passos, que podem incluir multas.
A UE já havia aberto processos de não conformidade sob a regulação europeia de serviços digitais -- que exige que as big techs façam mais para combater conteúdos ilegais e prejudiciais em suas plataformas -- envolvendo as recomendações do TikTok, AliExpress, além do Facebook (NASDAQ:META) e do Instagram, da Meta.
(Reportagem de Makini Brice e Benoit Van Overstraeten)