Por Gabriel Codas
Investing.com - Na abertura da sessão desta quarta-feira na bolsa paulista, as ações da Usiminas (SA:USIM5) operam com forte alta. Na véspera, a Justiça de Minas Gerais homologou acordo da siderúrgica com o fundo de previdência dos funcionários da companhia, que terá de devolver à siderúrgica R$ 393,9 milhões em até 30 dias. A valorização do minério de ferro também pesa positivamente. A concessão de férias coletivas a funcionários e redução da produção para conter avanço da pandemia de coronavírus não impedem a forte valorização.
Com isso, por volta das 10h45, os ativos tinham ganhos de 7,71% a R$ 4,34.
O acordo envolve extinção de processo apresentado em junho do ano passado pela empresa contra a Previdência Usiminas, sobre pagamentos pela empresa de parcelas de programa de amortização de déficit de plano de aposentadoria complementar e devolução de valores pagos à mais pela companhia.
Segundo a Usiminas, o acordo estabelece que os ganhos atuariais do chamado “Plano PB1” nos anos de 2016 a 2018, de 716,5 milhões de reais, serão usados para devolver os recursos à companhia e para quitação de saldo remanescente de um contrato acertado pela empresa com a Previdência Usiminas em 2001, no valor de 322,6 milhões de reais.
Na visão do Itaú BBA, a notícia é positiva para a Usiminas, mesmo com uma posição cortável de caixa. A equipe destaca que dinheiro extra é sempre bem-vindo em períodos de incertezas. A estimativa é que o valor a ser pago represente 20% do atual caixa.
Na mesma linha, o Morgan Stanley (NYSE:MS) entende que a siderúrgica teve uma surpresa positiva, com o acordo homologado no judiciário mineiro em uma ação movida contra seu antigo fundo de pensão. Para o banco, o montante será um reforço de caixa para a Usiminas, mesmo tendo fechado 2019 com um balanço sólido.