Money Times - A Vale (SA:VALE3) continua a agradar o mercado e a sua administração fala (e faz) exatamente tudo o que o mercado quer ouvir e ver. Isso foi mais uma vez confirmado durante o XVIII Analyst & Investor Tour da Vale no início deste mês, em Belo Horizonte, onde estão localizados o Centro de Tecnologia de Minerais Ferrosos (CTF) e o Centro de Operações Integradas (COI).
A analista do BB Investimentos Gabriela E Cortez estava lá e afirma que a mensagem foi clara: “a empresa tem consolidado sua estratégia de diferenciação e confirmado sua posição como um player premium. A Vale agora deixa seu papel de coadjuvante para tornar-se o ator principal na indústria da mineração”. Ela reiterou a sua recomendação outperform (desempenho acima da média) com um novo preço-alvo de R$ 73,50.
Segundo ela, o sentimento que se tem é de que, após um longo período, os fatores finalmente convergiram e a Vale está, agora, colhendo as sementes plantadas no passado. “O cenário propício de maior demanda por produtos premium, juntamente com um portfólio diversificado e uma bem-estruturada cadeia de suprimentos, colocaram a empresa sob os holofotes”, destaca.
“Não se trata mais apenas de custo, mas da necessidade de ganhos de produtividade e, consequentemente, oferta de minério de maior qualidade. Para isso, investimos em nossas vantagens competitivas, como Carajás, com projetos como S11D, na retomada da capacidade de pelotização e na produção de pellet feed. Além disso, otimizamos a frota de navios e nosso portfólio, com novos produtos premium”, disse Peter Poppinga, diretor-executivo de Ferrosos e Carvão da Vale, após o evento.
Em um relatório desta segunda-feira (24), o BTG Pactual (SA:BPAC11) ressalta a forte alta superior a 50% da Vale no ano e o potencial para subir ainda mais.
“Em nossa visão, o desempenho superior da Vale é justificado pelo excelente desempenho dos minérios de alto teor (fuga para a qualidade na China), clara política de dividendos (e perspectiva), contenção do perfil de investimento / desalavancagem rápida, potencial retorno dos metais básicos, entre outros iniciativas”, pontuam os analistas Leonardo Correa e Gerard Roure.
Além disso, eles destacam que a mineradora continua sendo uma das melhores coberturas dentro do Ibovespa para proteção contra incertezas políticas no país: proteção do dólar, melhorias na governança (influência governamental mínima), baixa alavancagem e exposição doméstica, bem gerida e potencial retorno de caixa. “Ao todo, mantemos nosso rating de alta convicção de compra na Vale”, conclui o BTG.
“Esperamos que a vantagem competitiva da qualidade da Vale continue a dar frutos. Vemos a empresa como melhor posicionada em relação aos concorrentes, não apenas no curto prazo, mas também nos próximos anos”, afirmou o analista de mercado do Santander (SA:SANB11) Gustavo Alevatto em análise após o Investor & Analyst Tour 2018.
Por Money Times