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Venda da Liquigás para Ultragaz só passa no Cade com remédio que garanta 4 concorrentes, diz fonte

Publicado 25.09.2017, 18:19
© Reuters.  Venda da Liquigás para Ultragaz só passa no Cade com remédio que garanta 4 concorrentes, diz fonte
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Por Leonardo Goy

BRASÍLIA (Reuters) - A compra da Liquigás, uma distribuidora de gás de cozinha (GLP) da Petrobras (SA:PETR4), pela Ultragaz, da Ultrapar (SA:UGPA3), só deverá ser aprovada pelo tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se as empresas aceitarem vender um conjunto de ativos que garanta a concorrência no setor, disse à Reuters uma fonte do órgão antitruste.

No fim de agosto, a superintendência-geral do Cade publicou parecer recomendando a rejeição do negócio avaliado em 2,8 bilhões de reais. E no começo deste mês, o tribunal do Cade homologou três acordos em processos que investigavam formação de cartel no mercado de GLP nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e que envolviam Liquigás e Ultragaz.

Com a posição da superintendência, o caso envolvendo duas das maiores distribuidoras de gás de cozinha (GLP do país foi para o tribunal do Cade, onde aguarda a apresentação de um relatório para ser julgado pelo colegiado.

"A dificuldade é que a Liquigás é a maior distribuidora do mercado de GLP e foi vendida para a segunda maior, em um mercado com quatro grandes concorrentes. Se houver aplicação de remédio, será para garantir que continue havendo quatro concorrentes no mercado", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

A fonte disse que o caso guarda semelhanças com o da compra da rede Alesat pela Ipiranga, também do grupo Ultrapar, que foi rejeitado pelo Cade no início de agosto. Porém, ela lembrou que nessa ocasião as empresas não aceitaram as condições impostas pelo Cade para aprovar o negócio, o que levou o órgão a barrar a venda.

"Com certeza deve ser negociado remédio. Tem de ver se as empresas aceitam ou não. Pode ser que elas topem, pode ser que não, e aí o caso iria para reprovação", disse a fonte, sobre o caso envolvendo a Liquigás.

O caso tem prazo máximo para ser julgado de 330 dias contados a partir da notificação da operação, ocorrida em 7 de abril deste ano.

As ações da Ultrapar encerraram nesta segunda-feira em queda de 0,3 por cento, a 77,97 reais, enquanto o Ibovespa teve baixa de 1,3 por cento.

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