SÃO PAULO (Reuters) - A Vibra Energia, antiga BR Distribuidora (SA:BRDT3), anunciou nesta segunda-feira que celebrou acordo com a Copersucar para a formação de uma joint venture que atuará como comercializadora de etanol (ECE), com estrutura de gestão independente.
Segundo fato relevante divulgado pela companhia, a Vibra irá adquirir da Copersucar ações representativas de 49,99% do capital social da ECE por 4,99 milhões de reais, enquanto a empresa do setor sucroalcooleiro manterá fatia de 50,01%.
Após as devidas aprovações da operação pelas autoridades competentes, as acionistas irão aportar na nova sociedade mais 440 milhões de reais para a entrada em operação da nova empresa.
"Com a entrada em operação da JV, esta passará a ser a responsável por adquirir o volume demandado pela Vibra, bem como por escoar a produção das usinas da cooperativa", disse a Vibra.
"Com isto, entendemos que os volumes totais de comercialização esperados para a JV a tornarão a maior comercializadora de etanol do Brasil e uma das maiores do mundo."
Atualmente, a Vibra movimenta entre 6 bilhões e 6,5 bilhões de litros de etanol, em sua atividade de distribuição. Já a Copersucar é uma sociedade responsável por comercializar entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de litros do biocombustível produzidos pelas usinas vinculadas à cooperativa.
A ECE será livre para comprar etanol no mercado e não somente das usinas da Copersucar, bem como poderá vender etanol para outros clientes além da Vibra, incluindo outras distribuidoras, de modo a aumentar a sua capilaridade e abrangência no mercado de etanol, pontuou o comunicado.
"A formação da nova comercializadora de etanol deverá gerar ganhos de escala que viabilizarão maior competitividade e diversos tipos de sinergias nas operações, através de melhores controles operacionais, maior capacidade de carregos de estoque, monitoramento constante e visão ampla de todos os processos da cadeia em tempo real, entre outros."
A Vibra ainda disse que a iniciativa está alinhada com a pauta ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) da companhia, uma vez que a JV deve desempenhar papel relevante no apoio à transição energética e à descarbonização da frota nacional de veículos leves.
(Por Gabriel Araujo e Nayara Figueiredo)