Washington, 19 mar (EFE).- O líder da maioria democrata no Senado de EUA, Harry Reid, afirmou nesta terça-feira que não submeterá à votação a proposta de controle de armas que inclui a proibição dos rifles de assalto, já que não conta com o respaldo necessário.
"Atualmente a emenda (sobre a proibição das armas de assalto), e usando os números mais otimistas, conta com menos de 40 votos", indicou Reid em entrevista coletiva no Senado, ao lembrar que nem sequer se encontra perto dos 60 exigidos para ser levada adiante confortavelmente.
No entanto, assegurou que submeterá à votação outras propostas para aumentar a verificação de antecedentes na compra de uma arma e criar um programa do Departamento de Justiça para aumentar os fundos destinados aos planos de segurança nas escolas, que serão votadas no início de abril.
A proposta de lei estava impulsionada pela também senadora democrata Dianne Feinstein e foi aprovada na semana passada no comitê judicial, mas a rejeição no plenário do Senado era esperada.
"As pessoas me perguntam se estou decepcionada. Obviamente estou", explicou aos jornalistas após saber que a lei não seria votada finalmente.
Feinstein trabalhou nos últimos meses para restabelecer a proibição das armas de assalto que foi aprovada durante o mandato de Bill Clinton (1993-2001) e expirou em 2004.
Entre os principais opositores à restauração desta proibição está a Associação Nacional do Rifle, que considera que viola o direito constitucional de portar armas previsto na Segunda Emenda da Constituição.
O fracasso da iniciativa representa um grande revés para a Administração do presidente americano, Barack Obama, e seu vice-presidente Joseph Biden, que lançaram uma campanha nacional para elevar os controles sobre o acesso às armas de fogo.
O debate sobre as armas de assalto se intensificou após o tiroteio em uma escola elementar na cidade de Newtown em dezembro do ano passado, no qual morreram 20 crianças e seis adultos. EFE