Por Joshua Franklin
(Reuters) - O grupo Blackstone, maior gestor de ativos alternativos como private equity e imobiliário, divulgou nesta quinta-feira uma queda de 20 por cento no lucro por ação do primeiro trimestre, mas ainda acima das expectativas de Wall Street, com a queda do mercado acionário pesando sobre o valor de suas participações.
Nos últimos anos, o lucro de firmas de private equity, como a Blackstone, saltou com o avanço do mercado de ações dos EUA permitindo que elas vendessem ativos por um valor alto. Esse movimento chegou ao fim no primeiro trimestre, em meio a uma disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, os Estados Unidos e a China.
A Blackstone registrou lucro líquido econômico por ação de 0,65 dólar no primeiro trimestre, ante 0,81 dólar no ano anterior. Analistas, em média, esperavam 0,45 dólar, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
O lucro líquido econômico, uma métrica de ganhos das empresas de private equity dos EUA acompanhada de perto, reflete a avaliação de marcação a mercado de ganhos ou perdas no portfólio da Blackstone.
A Blackstone, com sede em Nova York, também disse que planeja pagar um dividendo especial de 0,30 dólar em 2018, devolvendo aos acionistas uma parte dos lucros com a conclusão de sua parceria com a FS Investment Corp.
As ações da Blackstone subiam 2,9 por cento às 11h15 (horário de Brasília), na Bolsa de Nova York.
A principal renda de investimentos na unidade de private equity da Blackstone, uma das quatro divisões junto a investimentos imobiliários, de crédito e de hedge funds, caiu 42 por cento no trimestre na comparação anual.
Os ativos da Blackstone, com sede em Nova York, totalizavam 449,6 bilhões de dólares no final de março, ante 434 bilhões de dólares no final de 2017.
Em janeiro, a Blackstone concordou em comprar uma participação majoritária na unidade Financial and Risk da Thomson Reuters Corp, empresa-mãe da Reuters News, em um acordo de 20 bilhões de dólares. A Reuters News continuará sendo parte da Thomson Reuters.