SÃO PAULO (Reuters) - A Volkswagen Caminhões e Ônibus espera um crescimento de 5% a 10% nas vendas do mercado de veículos pesados em 2020 no Brasil, projeção considerada como conservadora pelo presidente da companhia, Roberto Cortes.
Segundo o executivo, a companhia se surpreendeu com o crescimento de 36% registrado pelo setor até agora no país neste ano, uma vez que as projeções iniciais da empresa apontavam para dois dígitos baixos.
O foco da companhia em 2020 é seguir recuperando margens perdidas durante a crise do mercado que chegou a apresentar nível de 80% de ociosidade em 2016.
"O que vemos agora para o ano que vem é um crescimento moderado...vai ser difícil crescer menos que 5%", disse o executivo em entrevista a jornalistas.
"Estamos vendo um momento de virada da economia. Nosso setor é termômetro disso, disse Cortes, reconhecendo momento de instabilidade na América Latina atualmente, mas avanços econômicos do governo de Jair Bolsonaro na economia brasileira.
"A política econômica está dando certo. O governo segurou o déficit, aprovou a (reformas da) Previdência, trabalhista...Não víamos isso nos últimos anos."
Questionado sobre a apreensão de investidores externos em relação a ampliar presença na bolsa brasileira em meio aos distúrbios no Chile, Colômbia e crises na Argentina e na Venezuela, Cortes afirmou; "No geral, o ambiente de negócios está melhorando e é para isso que investidores olham."
O executivo citou estimativas da indústria que apontam para vendas de 103 mil caminhões, 20 mil ônibus e exportações, que devem fazer o setor chegar a vendas de 145 mil veículos em 2019.
Em 2016, o Brasil teve vendas de 50 mil caminhões novos.
(Por Alberto Alerigi Jr.)