Nova York, 7 mar (EFE).- Wall Street fechou nesta terça-feira com perdas e com o Dow Jones Industrial em baixa de 0,14%, afetado pelos retrocessos de setores como o de saúde e o energético.
Ao fim do pregão, o principal indicador da Bolsa de Nova York perdeu 29,58 pontos e fechou aos 20.924,76, enquanto o seletivo S&P 500 caiu 0,29%, até os 2.368,39 pontos.
Por sua vez, o índice composto do mercado Nasdaq recuou 0,26%, para 5.833,93 pontos.
Os analistas atribuíram o descenso de hoje à correção que houve desde as altas registradas na semana passada e ao barulho político gerado no setor farmacêutico e de saúde em geral.
Os principais indicadores registraram na última quarta-feira novos recordes, mas no dia seguinte retrocederam. Embora na sexta-feira tenha havido uma leve subida, tanto na segunda-feira como hoje o mercado nova-iorquino apostou nas vendas.
O pregão está em compasso de espera, em parte, perante o anúncio sobre o nível de emprego mensal que será feito na próxima sexta-feira com os dados de fevereiro, o primeiro mês completo do mandato de Donald Trump.
Também há expectativa sobre a reunião do Federal Reserve na próxima semana para revisar a política monetária e da qual Wall Street espera que surja um aumento nas taxas de juros, o primeiro desde dezembro do ano passado.
Unido a isso, Trump anunciou hoje que está trabalhando em um novo sistema para aumentar a concorrência no setor farmacêutico, o que gerou algumas perdas no setor.
Além disso, as explicações dadas ao longo do dia sobre os passos para substituir o programa oficial de seguro de saúde conhecido como "Obamacare" gerou tensões também nas operações das firmas do setor e de seguros médicos.
Foi exatamente o setor de saúde o que mais perdeu hoje (-0,81%), com quedas como a da farmacêutica Pfizer (-1,05%) e as de companhias menos conhecidas, como Amgen (-1,16%) e Bristol-Myers Squibb (-1,12%).
A seguradora Unitedhealth, a maior dos Estados Unidos e integrante do Dow Jones, retrocedeu menos (-0,24%).
Também perdeu pontos o setor energético, que terminou em baixa de 0,59%, por conta de uma leve queda nos preços do petróleo, e o de materiais básicos, que desceu 0,64%.
Em contraste, apenas três setores principais terminaram em alta, o de bens de consumo não cíclico (+0,21%), o tecnológico (+0,15%) e o de empresas de serviços públicos (+0,10%).
Dos trinta títulos incluídos no Dow Jones, os lucros foram liderados pela tecnológica Intel (+0,65%), seguida da Boeing (+0,60%) e da United Technologies (NYSE:UTX) (+0,56%).
Os maiores retrocessos dentro do grupo foram da companhia petrolífera Chevron (-1,20%), da empresa telecomunicações Verizon (-1,18%), da já mencionada Pfizer e outra farmacêutica, Merck (NYSE:MRK) (-0,77%).
Em outros mercados, o preço do petróleo do Texas fechou em baixa de 0,11%, aos US$ 53,14 o barril, e no fechamento de Wall Street a onça do ouro caía para US$ 1.215,4, enquanto a rentabilidade dos títulos da dívida pública americana com prazo de dez anos subia até 2,516% e o dólar subia perante o euro, que era vendido a US$ 1,0564.