Por Joseph Ax
NORRISTOWN, EUA (Reuters) - Uma juíza do Estado norte-americano da Pensilvânia ordenou nesta terça-feira que o comediante Bill Cosby vá a julgamento por acusações de agressão sexual devido às alegações de que ele drogou e agrediu uma mulher em 2004.
O veredicto foi dado após uma audiência preliminar a que Cosby, de 78 anos, compareceu no condado de Montgomery, na Pensilvânia, e na qual testemunhas depuseram a respeito de declarações que o artista e sua acusadora, Andrea Constand, deram à polícia em 2005.
No tribunal, Cosby respondeu com um "obrigado" quando a juíza Elizabeth McHugh anunciou sua decisão, e ela lhe desejou boa sorte.
Andrea, ex-treinadora de basquete da Universidade Temple, onde Cosby estudou, é a única mulher cujas acusações de agressão sexual resultaram em acusações criminais contra Cosby.
Outrora um dos artistas mais adorados de seu país, Cosby vem sendo assolado por uma onda de alegações de agressão sexual de mais de 50 mulheres, embora a maioria dos casos tenha prescrito. Ele negou já ter agredido alguém.
Andrea contou à polícia que foi atacada em um sofá depois de ser "paralisada" por drogas que o humorista lhe deu, segundo um ex-detetive que leu uma transcrição do interrogatório policial da ex-treinadora.
Cosby afirmou que Andrea jamais pediu que ele parasse e que estava plenamente consciente durante o que chamou de encontro "de carícias", que admitiu ter envolvido toques nos órgãos genitais.
A audiência ocorreu após uma reportagem de domingo da agência de notícias Associated Press com novas revelações sobre Cosby baseadas em seus testemunhos de 2005 e 2006, incluindo sua confissão de ter dado drogas a uma mulher de 19 anos antes de fazer sexo com ela.