Por Diane Bartz e Ginger Gibson
WASHINGTON (Reuters) - A Amazon prosseguiu com seus esforços de lobby em Washington e desembolsou 3,2 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano, mais que os 2,9 milhões de dólares gastos nos três primeiros meses do ano.
A empresa há tempos marca sua presença na capital norte-americana, pressionando por uma ampla variedade de tópicos desde impostos, imigração, comércio e pagamentos móveis.
Mas a decisão, anunciada em junho, de comprar a Whole Foods Markets por 13,7 bilhões de dólares agitou o setor de supermercados e encontrou oposição no Capitólio e entre sindicatos e outros críticos da Amazon.
A maioria dos especialistas antitruste prevê que a Comissão Federal de Comércio aprovará a fusão. Complicando a situação da empresa na capital, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, comprou o The Washington Post, um jornal que já despertou a fúria do presidente Donald Trump.
Em maio de 2016, quando era candidato à Presidência, Trump disse que a Amazon tinha "um enorme problema antitruste".
A empresa está a caminho de desembolsar mais de 12 milhões de dólares neste ano se mantiver os esforços de lobby no mesmo nível. Em 2016, a varejista online gastou 11 milhões de dólares em Washington.
Os esforços de lobby da Amazon quase dobraram para 9 milhões de dólares em 2015, ante 4,7 milhões de dólares um ano antes.
No segundo trimestre, a Amazon contratou a consultoria McGuireWoods para tratar da questão de drones, entre outros assuntos.
Além dos consultores, a companhia ainda emprega lobistas. Registros mais recentes indicavam cerca de 15 funcionários que negociavam em nome da empresa uma longa lista de tópicos e problemas, passando desde a política de drones até regulações comerciais e imigração.
A Amazon ainda contrata empresas para advogar em seu nome em uma série de assuntos. No segundo trimestre deste ano, a empresa pagou ao grupo Akin, Gump, Strauss, Hauer & Feld 80 mil dólares para fazer lobby, principalmente focado no Marketplace Fairness Act -- um projeto de lei que permitiria ao governo estadual coletar impostos de vendas de varejistas online.
A Amazon Prime Air, subsidiária da empresa, também pagou a Akin Gump para tratar da política de drones.