Por Timothy Gardner
WASHINGTON (Reuters) - A Apple disse nesta sexta-feira que se opõe a qualquer revogação pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos do Plano de Energia Limpa, que é uma prioridade do administrador da agência Scott Pruitt e reverteria um programa da era Obama para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
A revogação do plano colocaria em risco a posição do país na disputa por investimentos em energia limpa, particularmente na competição com a China, disse a Apple. Esse foi o primeiro comentário público de uma empresa sobre a proposta de revogação do plano, que nunca foi implementado devido a questionamentos legais.
"A revogação do Plano de Energia Limpa irá sujeitar os consumidores, como a Apple e os nossos grandes parceiros industriais, a uma maior incerteza quanto a investimentos", afirmou a empresa com sede na Califórnia em um comunicado à agência.
A Apple, que diz que utiliza em suas operações nos EUA somente energia renovável, como eólica e solar, acrescentou que a revogação do plano também ameaça o desenvolvimento e os investimentos que já foram feitos em energia renovável.
Lisa Jackson, que foi chefe da EPA de 2009 a 2013 sob o comando do ex-presidente Barack Obama, dirige o programa da Apple para tratar da mudança climática por meio de energia renovável e eficiência energética.
A revogação do plano é parte do esforço mais amplo de Trump para apoiar as indústrias de carvão, petróleo e gás natural e impulsionar as exportações de matérias-primas.