BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina vai eliminar uma tarifa de 35 por cento sobre as importações de computadores, laptops e tablets, disse o Ministério da Produção nesta segunda-feira, parte de um esforço maior para baixar os preços ao consumidor e reverter políticas protecionistas.
O governo espera que a eliminação da tarifa, que entrará em vigor em abril, pode normalizar o distorcido mercado de eletrônicos de consumo. Os computadores são três vezes mais caros na Argentina do que nos Estados Unidos e 50 por cento mais caros do que no vizinho Chile, disse o ministério em comunicado.
A ex-presidente Christina Kirchner instituiu uma série de tarifas e restrições de importação em uma tentativa de impulsionar o emprego de manufatura no país. Isso muitas vezes resultou em preços mais altos, e é comum para os argentinos viajarem a Chile ou Paraguai para comprar bens mais baratos.
O presidente Mauricio Macri implementou uma série de reformas favoráveis ao mercado desde que tomou posse em dezembro de 2015, incluindo a remoção dos controles de capital e a redução do déficit orçamentário. O governo também está trabalhando com os sindicatos para cortar os famosos custos trabalhistas do país, em uma tentativa de aumentar o investimento estrangeiro.
Políticos da oposição criticaram o movimento para eliminar a tarifa, citando demissões e fechamentos de plantas iminentes. O governo disse que iria "acompanhar os trabalhadores na transição" e ajudá-los a encontrar emprego em outras empresas.
(Reportagem de Luc Cohen)