Por Tom Miles
GENEBRA (Reuters) - O centro europeu de pesquisa em física CERN lançou um programa de atualização do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) nesta sexta-feira, seis anos depois do enorme acelerador de partículas ter confirmando a existência do bóson de Higgs.
A equipe do CERN disse que a reformulação aumentará a "luminosidade" dos experimentos de esmagamento de prótons no LHC, um anel de 27 quilômetros localizado sob a fronteira entre a França e a Suíça. A atualização vai aumentar o número de colisões de partículas em dez vezes e produzirá imagens mais claras do mundo subatômico.
"Isso nos permitirá abordar novos pontos, as questões pendentes na física fundamental, com mais oportunidades de encontrar respostas", disse a diretora-geral do CERN, Fabiola Gianotti, à Reuters, na cerimônia de abertura.
A atualização, que vai levar 10 anos, vai se concentrar sobre os feixes de prótons que são esmagados juntos - aumentando a luminosidade - significando mais colisões e mais chances de detectar efeitos incomuns.
No ano passado, o LHC produziu cerca de 3 milhões de bósons de Higgs, a partícula que, juntamente com um campo de força associado, forneceu a resposta para a pergunta: de onde é que a matéria obtém sua massa?
Após a atualização, o CERN disse que o LHC produzirá pelo menos 15 milhões de bósons de Higgs por ano, permitindo que os físicos conheçam melhor uma de suas descobertas mais recentes.
Eles também procurarão outras partículas e procurarão respostas sobre antimatéria e o Big Bang, explosão que marcou o início do universo.
As tecnologias necessárias para atualizar o LHC vão ser inéditas, porque focar os feixes de prótons vai exigir ímãs supercondutores e componentes eletrônicos que nunca foram desenvolvidos antes, com potenciais benefícios para a sociedade, disse Gianotti.
(Por Tom Miles)