Por Aditya Kalra e Serajul Quadir
DACA (Reuters) - A polícia de Bangladesh buscou nesta segunda-feira mais informações junto a amigos e familiares dos homens suspeitos de terem realizado o ataque em um restaurante da capital, e alguns deles, acredita-se, frequentaram colégios e faculdades de ponta no país e no exterior.
Os homens armados invadiram o restaurante na área diplomática de Daca no fim da sexta-feira e mataram 20 pessoas, a maior parte estrangeiros de Itália, Japão, Índia e Estados Unidos, num ataque pelo qual o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade.
O ataque militante foi um dos que resultou em mais mortes até hoje em Bangladesh, onde o Estado Islâmico e a Al Qaeda assumiram uma série de assassinatos de liberais e minorias religiosas no último ano, enquanto o governo diz que eles foram realizados por grupos locais.
O Estado Islâmico divulgou fotos de cinco militantes que o grupo disse que participaram da atrocidade para vingar ataques contra muçulmanos ao redor do mundo.
"Deixe as pessoas dos países da cruzada saberem que não há segurança para eles enquanto os aviões deles estiverem matando muçulmanos”, disse o grupo num comunicado.
Mensagens no Facebook identificaram os homens, mostrados num site do Estado Islâmico sorrindo com uma bandeira preta ao fundo, como Nibras Islam, Rohan Imtiaz, Meer Saameh Mubasheer, Andaleeb Ahmed e Raiyan Minhaj.
A maior parte estudou em escolas e universidades de prestígio em Daca e na Malásia, disseram autoridades. Um deles era filho de um político.
Um policial afirmou que as fotos de quatro dos agressores batem com os corpos, embora ele tenha dado um diferente nome para o quarto.