SÃO PAULO (Reuters) - A base de telefonia móvel perdeu 13,7 milhões de linhas em 2016, mas o serviço é o que tem maior potencial de crescimento no Brasil, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Conforme a agência, a telefonia móvel estava disponível em cerca de 73 por cento dos municípios brasileiros ao fim de 2016, com 244 milhões de assinaturas, das quais 75 por cento permitiam acesso à banda larga móvel.
No caso da banda larga fixa, o Brasil encerrou 2016 com 1.104.483 novos contratos, alta de 4 por cento ante 2015, alcançando 26,6 milhões de acessos. "Foi o único serviço de telecomunicações que registrou crescimento no país em 2016", destacou a agência reguladora.
Em telefonia fixa, a base caiu 6 por cento em relação a 2015, para 41,8 milhões de assinaturas, mantendo a tendência de queda registrada em anos anteriores. O serviço de TV paga, por sua vez, encolheu 2 por cento na comparação anual, para 18,8 milhões de contratos.
Entre as ações tomadas em 2016, a Anatel concluiu 8.050 fiscalizações, homologou 8.251 novos produtos, emitiu mais de 14,5 mil outorgas de serviços e concedeu 165,7 mil licenciamentos de estações de telecomunicações.
A agência ainda iniciou no ano passado a desativação da TV analógica, processo ao qual está dando continuidade em 2017. "Está previsto para o próximo mês de março o desligamento do serviço analógico em São Paulo. Também deverá ser implantado em 2017 o sistema digital em Goiânia, Salvador, Recife e Fortaleza", destacou.
Em relação à execução orçamentária de 2016, a Anatel desembolsou 473,4 milhões de reais no ano, menos que os 495,5 milhões de reais aprovados na Lei Orçamentária Anual em função de cortes e contingenciamentos.
(Por Gabriela Mello)