(Reuters) - Um consórcio que inclui as empresas de energia BP e Royal Dutch Shell desenvolverá uma plataforma digital baseada em blockchain para negociação de commodities energéticas que deverá começar a operar até o final de 2018, disse o grupo nesta segunda-feira.
Entre outros membros do consórcio estão a empresa norueguesa de petróleo Statoil, as tradings Gunvor, Koch Supply & Trading e Mercuria e os bancos ABN Amro, ING e Societe Generale (PA:SOGN).
A tecnologia blockchain, que apareceu primeiro como a estrutura por trás da criptomoeda bitcoin, usa uma base de dados compartilhada que se atualiza automaticamente em tempo real e pode processar e encerrar transações em minutos usando algoritmos de computação, sem necessidade da verificação por terceiros.
A Mercuria tem sido uma apoiadora da implementação da tecnologia blockchain para reduzir significativamente custos nas negociações de petróleo.
"Idealmente, isso ajudaria a eliminar qualquer incerteza sobre a propriedade de uma carga e potencialmente ajudaria a tornar a administração de riscos mais exata se houver uma marca temporal precisa para cada parte da negociação", disse o analista de commodities do Emirates NBD PJSC, Edward Bell.
Esforços similares para criar uma plataforma de negociação para o setor de energia falharam em decolar, lembrou Bell. Mas essa última tentativa, por ter o apoio de BP e Shell, além de bancos, pode ter maior sucesso do que se fosse o caso de uma empresa independente tentando convencer as petroleiras a utilizar o sistema, adicionou ele.
O novo empreendimento está buscando aprovações regulatórias e será administrado como uma entidade independente, disse o consórcio em comunicado.
(Por Arpan Varghese)