OSLO (Reuters) - O navegador de Internet Vivaldi, lançado na semana passada, precisa atrair 5 milhões de usuários por mês para se tornar lucrativo, afirmou o fundador e presidente-executivo da empresa que o desenvolveu.
O lançamento do Vivaldi 1.0 ocorreu após 15 meses de desenvolvimento que custaram ao veterano da produção de software Jon von Tetzchner cerca de 50 milhões de coroas (6 milhões de dólares) de seu próprio bolso.
O programa oferece uma ampla variedade de ajustes personalizados e funções de marcação de páginas e a expectativa da empresa é captar alguns dos usuários da Web mais exigentes e que atualmente usam browsers como Chrome, Internet Explorer, Firefox, Safari e Opera.
"Alguns anos atrás todo mundo começou a simplificar os browsers e removeram uma série de recursos que os usuários mais avançados queriam. Este é o segmento que estamos mirando", disse von Tetzchner.
"Temos muito mais recursos e opções de personalização que quaisquer outros browsers no mercado. A maior parte destes recursos são novos e totalmente únicos", acrescentou.
Von Tetzchner foi co-fundador e diretor por anos da empresa norueguesa de software para dispositivos móveis Opera, de onde saiu em 2011. A Opera atualmente está sendo alvo de uma oferta de aquisição de 1,28 bilhão de dólares feita por um grupo de empresas chinesas.
"Precisamos apenas de cinco milhões de usuários por mês para fazer dinheiro e estou confiante de que vamos conseguir chegar lá", afirmou o executivo.
O Vivaldi teve milhões de downloads desde o lançamento de uma versão teste no ano passado, mas von Tetzchner não informou quantos destes downloads se transformaram em usuários frequentes do browser.
A Vivaldi fez parcerias com vários fornecedores de conteúdo incluindo Bing, Yahoo e Yandex e está negociando com a Alphabet, do Google.