Por Guy Faulconbridge
LONDRES (Reuters) - A russa Kaspersky Lab nunca recebeu pedidos dos serviços de inteligência do país para espionar alvos no Ocidente e o fundador e presidente-executivo da empresa disse que retiraria sua empresa do país se lhe fosse pedido para fazer espionagem.
Os temores sobre os laços da Kaspersky com a inteligência russa e a capacidade do seu software anti-vírus para encontrar e remover arquivos, provocaram alertas e ações de autoridades norte-americanas em 2016. Isso culminou neste ano com o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos impedindo agências governamentais de usar os produtos da Kaspersky.
"Eles nunca nos pediram para espionar pessoas. Nunca", disse o presidente-executivo Eugene Kaspersky a jornalistas em Londres, quando perguntado se a inteligência russa já havia pedido que ele os ajudasse a espionar o Ocidente.
"Se o governo russo vier a mim e me pedir qualquer coisa errada, ou aos meus funcionários, vou tirar o negócio da Rússia", disse o executivo.
Kaspersky disse que a empresa estava sob ataque pela mídia norte-americana e do governo dos EUA. E reconheceu que tais ataques prejudicaram a empresa.
A receita nos EUA será em torno de 5 a 8 por cento menor no ano fiscal atual do que no ano passado devido aos ataques, disse o executivo. A receita na Europa deverá se manter estável, enquanto a receita no resto do mundo continuará a crescer em dois dígitos, previu.
(Por Guy Faulconbridge)