SEUL (Reuters) - O chefe do Grupo Samsung, Jay Y. Lee, foi interrogado pelo promotor especial da Coreia do Sul por mais de 15 horas, como parte de uma investigação sobre um escândalo de corrupção que ameaça derrubar a presidente Park Geun-hye.
O executivo de 48 anos de idade, líder da terceira geração do maior conglomerado do país, não fez nenhum comentário quando deixou o escritório da promotoria no sul de Seul, em um carro preto, nas primeiras horas de terça-feira (horário local).
Lee, que tem negado alegações de suborno por meio de porta-vozes do Grupo Samsung, chegou ao escritório da promotoria na manhã de segunda-feira.
O promotor especial da Coreia do Sul tem se centrado sobre a relação do Grupo Samsung com Park, acusando Lee na sua qualidade de chefe da Samsung de prometer 43 bilhões de wons para um negócio e organizações apoiados pela amiga de Park, Choi Soon-sil, em troca do apoio para uma fusão de duas empresas da Samsung em 2015.
Provar uma ligação entre Park ou aqueles ligados a ela e o Grupo Samsung é fundamental para o caso do promotor especial que, em última instância, mira Park, disseram analistas.
A acusação também identificou outros quatro executivos da Samsung como suspeitos e convocou três deles.
O presidente do Grupo Samsung, Chang Choon-ki, foi interrogado no domingo e o presidente da Samsung Electronics, Park Sang-jin e outro executivo foram interrogados na segunda-feira.
Park, Choi e Samsung Group têm negado as acusações de suborno.
(Reportagem Se Young Lee e Ju-min Park)