Por Jessy Macy Yu e Adam Jourdan
TAIPEI/XANGAI (Reuters) - Um tribunal chinês barrou temporariamente a Micron Technology de vender seus principais semicondutores no maior mercado mundial de chips de memória, citando a violação de patentes detidas pela taiwanesa United Microelectronics Corp (UMC).
A decisão, que foi divulgada pela UMC e seu sócio estatal chinês, derrubou as ações da fabricante de chips Micron, que obtém metade da receita na China.
A proibição surge em meio à escalada da tensão comercial entre Washington e Pequim, o que está levando a China a acelerar sua meta de desenvolver seus próprios chips domésticos para frear a forte dependência de empresas norte-americanas como Micron e Qualcomm.
A China também está investigando a Micron e rivais sul-coreanas sobre alegações de fixação de preços em meio ao encarecimento dos chips de memória DRAM.
O Tribunal Intermediário do Povo de Fuzhou emitiu uma ordem preliminar contra a Micron que a impede de vender 26 produtos semicondutores, incluindo chips de memória flash DRAM e NAND, na China, disse a UMC em comunicado na noite de terça-feira.
A Micron disse não ter sido informada da decisão e que não comentaria até que revisasse a documentação do tribunal chinês. A corte se recusou a comentar o caso e disse que a decisão ainda não tinha sido tornada pública.
(Reportagem adicional de Ju-min Park em SEUL e Ben Blanchard em PEQUIM)