CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O Uber, serviço que conecta motoristas profissionais a usuários de celulares inteligentes, está enfrentando um novo obstáculo na Cidade do México, diante de uma proposta de lei que exigirá que os motoristas da empresa tenham licenças para trabalhar.
Além disso, de acordo com plano governamental obtido pela Reuters, o Uber terá que pagar uma taxa para um novo fundo de transporte da cidade e a empresa e outras que prestam serviços semelhantes serão proibidas de aceitarem pagamentos em dinheiro pelos usuários, ofertarem planos pré-pagos e de usarem pontos de táxi.
Atualmente, o Uber só aceita cartões de crédito como pagamento.
Sob os termos da proposta da Cidade do México, o Uber terá que pagar uma licença anual relativa a cada veículo operando em sua plataforma de 1.599 pesos (101 dólares) e entregar cerca de 1,5 por cento de sua receita doméstica para um novo fundo de transporte da cidade, disse uma autoridade próxima do secretário de Transportes, Rufino Leon, à Reuters.
O diretor de políticas públicas do Uber, Corey Owens, disse que os planos da capital mexicana estão "no topo" do que a companhia paga em outras grandes cidades, apontando para uma taxa de 1 por cento cobrada em Washington.
Owens também disse que a Uber não viu o projeto, então não poderia dizer se os custos seriam impostos aos motoristas ou passageiros. Em Washington, Londres e Nova York eles são pagos pelos passageiros, disse ele, mas em outras cidades são pagos pelos motoristas.
O plano ainda está sendo negociado e podem ocorrer mudanças até a publicação da regulamentação na próxima semana, informou um representante da cidade.