DUBAI (Reuters) - O presidente do Conselho da Cisco evitou dizer nesta segunda-feira se cederá às demandas da China de controlar equipamentos no maior mercado de internet do mundo, mas prometeu encontrar uma solução vantajosa para ambos os lados.
A maior fabricante mundial de equipamentos de comutação e roteadores que executam a internet fez uma grande aposta na China, anunciando em junho que investiria mais de 10 bilhões de dólares no país junto com parceiros comerciais locais.
O compromisso da Cisco vem apesar da inquietação entre os grupos de negócios estrangeiros sobre uma lei nacional de valores mobiliários chinesa adotada em julho, que demanda que toda a rede essencial de infraestrutura e sistemas de informação sejam "seguros e controláveis".
"Encontraremos uma maneira de tornar esta uma situação vantajosa para ambos os lados", disse o presidente executivo do conselho John Chambers à Reuters, nos bastidores de uma coletiva de imprensa em Dubai.
Empresas estrangeiras alertam que a nova lei da China tem formulação vaga e pode requerer que as empresas de tecnologia fabriquem produtos na China ou divulguem códigos fonte para inspetores e, portanto, expondo a propriedade intelectual.
"Não daremos nossos código fonte para ninguém", disse Chamber na conferência, ao ser questionado se a Cisco daria à China uma promessa escrita de que cumpriria com as exigências do governo, se negando a responder diretamente a pergunta.
(Por Matt Smith)