CAIRO (Reuters) - O Egito baniu 21 sites, incluindo o principal site da TV Al Jazeera, sediada no Catar, por “apoiarem terrorismo”, disseram nesta quarta-feira fontes da segurança e a mídia local.
A Reuters tentou acessar cinco sites citados pelos jornais e emissoras do Egito, incluindo o site da Al Jazeera, e encontrou todos inacessíveis.
Não houve comentário oficial disponível de imediato. Um funcionário da Autoridade Nacional Reguladora de Telecomunicações não pôde confirmar ou negar as notícias, mas disse que “se for verdade, isto não deve ser um problema”.
A emissora privada egípcia CBC e o jornal Al-Watan citaram fontes da segurança dizendo que os sites, que também incluem sites focados no Egito hospedados no exterior, como o Masr Al Arabiya, que o governo diz ser financiado pelo Catar, foram bloqueados porque apoiam o terrorismo.
Duas fontes da segurança disseram à Reuters que os sites foram bloqueados por serem afiliados ao grupo banido Irmandade Muçulmana ou por serem financiados pelo Catar.
O Cairo acusa o Catar de apoiar a Irmandade, que foi retirada do poder no Egito em 2013 quando as forças militares removeram o presidente eleito islâmico Mohamed Mursi após protestos em massa contra seu governo.
No entanto, o Mada Masr, um site de notícias egípcio sediado dentro do país que se descreve como progressista e não possui afiliação islâmica ou com o Catar, também estava inacessível nesta quarta-feira.
(Reportagem de Ahmed Aboulenein; Reportagem adicional de Eric Knecht, Ali Abdelaty e Ahmed Mohamed Hassan)