(Reuters) - O Facebook desenvolveu silenciosamente uma ferramenta de censura que poderia persuadir a China a permitir que a maior rede social do mundo seja permitida novamente na segunda maior economia mundial depois de uma proibição de sete anos, informou o jornal New York Times na terça-feira.
O Facebook desenvolveu o software, que impede que os posts apareçam nos feeds de notícias de pessoas em geografias específicas, com o apoio do presidente-executivo Mark Zuckerberg, disse o jornal, citando funcionários e ex-funcionários não identificados.
Zuckerberg se reuniu em março com o chefe da propaganda da China, Liu Yunshan, que disse esperar que o Facebook possa fortalecer os intercâmbios e melhorar a compreensão mútua com as empresas de internet da China, de acordo com a agência de notícias Xinhua.
"Há muito tempo dizemos que estamos interessados na China e estamos gastando tempo entendendo e aprendendo mais sobre o país", disse a porta-voz do Facebook, Arielle Aryah, em uma declaração enviada por email à Reuters.
"No entanto, não tomamos qualquer decisão sobre a nossa abordagem à China. Nosso foco agora é ajudar as empresas chinesas e desenvolvedores a se expandirem para novos mercados fora da China usando nossa plataforma de anúncios".
A Administração de Segurança Cibernética da China, regulador de internet do país, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário por fax. O Ministério das Relações Exteriores da China recusou-se a comentar.
(Por Ismail Shakil em Bangalore, na Índia)