WASHINGTON (Reuters) - A Ford Motor e o Instituto de Tecnologia de Transporte da Vigínia estão testando uma maneira de permitir que veículos autônomos comuniquem seus movimentos visualmente para pedestres, ciclistas e motoristas, disseram os pesquisadores nesta quarta-feira.
O novo método de comunicação, que usa simples sinais luminosos para descrever se o carro autônomo está freando ou acelerando, tem o potencial para se tornar um padrão universal da indústria em todos os países, disseram a Ford e os pesquisadores do instituto.
A montadora busca "uma forma de substituir os gestos de cabeça e mãos" para transmitir aos pedestres as intenções de um veículo sem motorista, segundo John Shutko, especialista técnico em fatores humanos da Ford.
Os pesquisadores rejeitaram o uso de texto por causa de potenciais barreiras idiomáticas, e de símbolos por seu baixo entendimento.
Em vez disso, eles estabeleceram sinais visuais em uma barra de luz colocada no para-brisa de um Ford Transit Van. Uma luz branca estática mostra que o veículo está em modo autônomo, uma luz branca piscante indica aceleração e um par de luzes brancas se movendo de lado a lado sinalizam a desaceleração até parar.
A Transit Van, especialmente equipada, rodou 2.900 quilômetros em agosto, em grande parte em Arlington, Virgínia, e seus arredores, incluindo interseções urbanas, estacionamentos e garagens.
O objetivo do exercício foi capturar em vídeo reações humanas tanto a um veículo autônomo quanto aos sinais de luz do para-brisa.
A van foi pilotada por um motorista humano, que se camuflou para simular um veículo sem motorista.
O esforço de pesquisa apoia os fabricantes e usuários de veículos, mas também "quem caminha ou conduz ao lado de veículos autônomos no futuro", disse Andy Schaudt, diretor de projeto do Centro de Automação de Sistemas Automatizados do instituto.
Shutko disse que "o maior fracasso" seria se cada montadora tivesse uma maneira de alertar os pedestres sobre veículos sem motorista. A empresa está trabalhando com um grupo da indústria e outras montadoras "para tentar obter um consenso global".
(Por Paul Lienert e David Shepardson)