LONDRES (Reuters) - Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que vive refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012, disse nesta quinta-feira que mantém a sua proposta de ser extraditado para os Estados Unidos, se os seus direitos forem garantidos.
Assange disse na semana passada que ele aceitaria a extradição se a ex-agente militar de inteligência Chelsea Manning fosse libertada, e na quarta-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, reduziu a sentença inicialmente de 35 anos dela, e agora ela será libertada em maio.
"Eu mantenho tudo o que eu disse, inclusive a oferta de ir para os EUA se a sentença de Chelsea Manning fosse reduzida”, afirmou Assange em entrevista online. “Não vai ser reduzida até maio. Nós podemos ter muitas discussões até lá.”
Obama declarou que Chelsea Manning, responsável por um vazamento de documentos confidenciais para o grupo de Assange em 2010, na maior violação do tipo da história norte-americana, havia cumprido uma pena de prisão dura e que justiça havia sido feita.
Contudo, ele negou que a redução havia sido dada por causa da oferta de Assange.
Perguntado pela Reuters se ele agora se entregaria às autoridades, Assange, de 45 anos, que fugiu para a embaixada do Equador para evitar a extradição para a Suécia por causa de acusações de estupro, declarou que a sua posição não havia mudado. Ele disse que as autoridades dos EUA devem desistir do caso contra ele ou revelar as acusações contra ele.
"Eu gostaria de poder ter uma conversa com o Departamento de Justiça sobre qual a maneira correta para se avançar”, disse ele.