WASHINGTON (Reuters) - Os executivos da General Motors (NYSE:GM) e da Toyota Motor dirão a um painel da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos na terça-feira que as montadoras precisam de mudanças nas regras de segurança automotiva para permitir que carros autônomos rodem em estradas norte-americanas.
"Sem mudanças nessas regulamentações, pode levar anos até que a promessa tecnológica de hoje possa se tornar realidade e milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas acontecerão", disse o vice-presidente de estratégia global da GM, Mike Abelson, em depoimento escrito divulgado nesta segunda-feira. "É imperativo que os fabricantes tenham a capacidade de testar esses veículos em maior número."
Na segunda-feira, o senador Gary Peters, democrata de Michigan, e o senador John Thune, presidente republicano do Comitê de Comércio, disseram em uma declaração conjunta que estão explorando uma legislação que "elimina obstáculos e avança a inovação tecnológica para carros autônomos" e esperam apresentar uma proposta conjunta este ano.
De acordo com a lei atual, o Departamento de Transporte dos EUA pode isentar até 2.500 veículos em um período de 12 meses das regras para veículos da Administração Nacional de Segurança de Trânsito Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês).
A parlamentar Debbie Dingell, uma democrata de Michigan, disse no mês passado que ela está preparando legislação que iria suspender o limite existente.
Gill Pratt, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa da Toyota, vai dizer ao comitê, de acordo com testemunho antecipado, que "é importante o governo federal começar a olhar além de testes para a implantação desses sistemas" e deve atualizar os padrões de segurança do veículo "para abordar o punhado de padrões que são inconsistentes ou incompatíveis com a tecnologia de veículos autônomos".
(Reportagem de David Shepardson)