Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - O Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), disse a um painel da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que gasta centenas de milhões de dólares anualmente em revisão de conteúdo e disse que revisou manualmente mais de 1 milhão de suspeitos "vídeos de terrorismo" no YouTube nos primeiro três meses de 2019.
O Google divulgou em uma carta de 24 de abril conhecida pelo público nesta quinta-feira que a revisão manual descobriu que 90 mil vídeos violaram sua política de terrorismo.
Em março, após a transmissão ao vivo nas redes sociais de um tiroteio em massa na Nova Zelândia, o presidente do Comitê de Segurança da Câmara dos EUA pediu aos principais executivos de Google, Facebook, Twitter e Microsoft (NASDAQ:MSFT) para eles fazerem um trabalho melhor na remoção de conteúdo político violento.
Depois de um briefing em março, o representante Max Rose, que preside um subcomitê de inteligência e contraterrorismo, pediu às quatro empresas em uma carta em 10 de abril para divulgar seus orçamentos para programas antiterrorismo e número de pessoas trabalhando exclusivamente em programas antiterrorismo.
Rose disse em um comunicado que o Facebook não respondeu e as outras empresas não responderam completa ou diretamente às suas perguntas.
Os custos do primeiro trimestre do Google aumentaram quase o mesmo que a receita, um aumento de 16,5 por cento em relação ao ano anterior, para 29,7 bilhões de dólares.
As despesas subiram mais rápido do que a receita em grande parte dos últimos dois anos, preocupando alguns investidores em meio ao aumento do escrutínio das práticas de privacidade da empresa e do YouTube. O Google disse em sua carta que tem mais de 10 mil pessoas trabalhando em toda a empresa na revisão de conteúdo.