Por Dustin Volz
WASHINGTON (Reuters) - Um grupo pró-liberdade de expressão processou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira por bloquear usuários do Twitter de sua conta @realDonaldTrump, argumentando que a prática viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
A ação civil, apresentada pelo Instituto Knight da Primeira Emenda da Universidade Columbia, em Nova York, e à qual se juntaram sete usuários do Twitter, alega que Trump bloqueou várias contas cujos proprietários responderam a seus tuítes com comentários em que criticaram, zombaram ou discordaram do presidente.
O bloqueio de contas por parte de Trump equivale a um esforço inconstitucional para suprimir a discórdia, de acordo com a ação civil submetida a um tribunal federal do Distrito Sul de Nova York.
Como Trump usa o Twitter frequentemente para fazer declarações políticas, sua conta se qualifica como um fórum público do qual o governo não pode excluir pessoas com base em suas opiniões, de acordo com o processo. Os usuários do Twitter não conseguem ver ou responder tuítes de contas que os bloqueiam.
A Casa Branca não respondeu de imediato a um pedido de comentário. No mês passado o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que os tuítes de Trump são considerados "declarações oficiais do presidente dos Estados Unidos".
Além de Trump, a ação civil identifica Spicer e Dan Scavino, diretor de redes sociais da Casa Branca, como réus. Ela pede que o bloqueio seja considerado inconstitucional e solicita um mandado de segurança exigindo que o presidente desbloqueie os usuários.
"Sinto que todos serem capazes de ver os tuítes do presidente é algo vital para a democracia", disse Joseph Papp, um dos sete usuários envolvidos no processo, em um comunicado.