WASHINGTON (Reuters) - Vários grupos pró-liberdades civis e digitais solicitaram nesta terça-feira ao governo dos Estados Unidos que os inclua nas discussões em andamento sobre como combater melhor a disseminação da violenta propaganda online do Estado Islâmico e outros grupos extremistas.
A Casa Branca convocou duas cúpulas nos últimos dois meses - uma em San Jose, Califórnia, e outra em Washington, D.C. - com as empresas de redes sociais e outros grupos discutindo como reduzir mais efetivamente a força do extremismo online e desenvolver campanhas estratégicas de mensagens contrárias.
"Quando o governo se reúne com entidades do setor privado para discutir o futuro da liberdade de expressão e a privacidade online, os ativistas dos direitos humanos precisam estar na mesa também", disse a carta enviada a autoridades seniores da Casa Branca, incluindo a Conselheira Nacional de Segurança dos EUA, Susan Rice. Os signatários incluem a União Americana de Liberdades Civis, Centro para Democracia e Tecnologia, Anistia Internacional e Acesso Já.
Várias empresas de redes sociais, incluindo o Twitter, aumentaram seus esforços para derrubar conteúdo jihadista nos últimos meses. O Facebook também trabalhou com o governo para ajudar a financiar e promover campanhas de mensagens contrárias desenvolvidas por estudantes universitários e outros.
Embora os grupos de liberdades civis tenham dito que foram encorajados por reportagens sobre a cuidadosa consideração do governo sobre como conseguir a melhor cooperação de empresas de Internet, eles também alertaram que as conversas poderiam "levar a vigilância voluntária ou medidas de censura que seriam ilegais ou inconstitucionais se feitas pelo próprio governo".
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca não quis responder à carta dos grupos especificamente. Uma autoridade sênior da administração disse que a Casa Branca permanece comprometida a "trabalhar com uma ampla variedade de parceiros para desenvolver abordagens orientadas pela comunidade para combater ideologias extremistas e de ódio que radicalizam, recrutam ou incitam à violência".
(Por Dustin Volz)