(Reuters) - Ciber criminosos atacaram remotamente caixas eletrônicos em mais de uma dúzia de países na Europa este ano usando softwares maliciosos que forçam as máquinas a expelir dinheiro, de acordo com a empresa de segurança cibernética russa Group IB.
Diebold Nixdorf e NCR Corp, duas das maiores fabricantes de caixas eletrônicos do mundo, disseram que estavam cientes dos ataques e que tem trabalhado com clientes para diminuir a ameaça. Os ataques recém-descobertos na Europa ocorreram após ataques a caixas eletrônicos em Taiwan e na Tailândia, que foram amplamente noticiados este ano.
Embora os criminosos cibernéticos estejam atacando caixas eletrônicos há pelo menos cinco anos, as primeiras campanhas envolviam poucas máquinas, porque os hackers precisavam ter acesso físico aos equipamentos para retirar dinheiro.
Os ataques recentes na Europa e na Ásia foram realizados a partir de centros de comando remotos, permitindo que criminosos possam atuar em um grande número de máquinas, com o objetivo de conseguir grandes quantias de dinheiro antes que os bancos descubram os ataques.
"Eles estão levando isso a outro nível ao serem capazes de atacar várias máquinas de uma vez só", disse o diretor sênior de softwares essenciais e segurança de caixas eletrônicos da Diebold Nixdorf, Nicholas Billett. "Eles sabem que serão pegos rapidamente, então encenam a situação de tal maneira que podem pegar dinheiro de quantos caixas quiserem antes que sejam bloqueadas".
A Group IB não quis citar nomes de bancos que sofreram os roubos, mas disse que as vítimas estavam na Armênia, Belarus, Bulgária, Estônia, Georgia, Quirguistão, Moldova, Países Baixos, Polônia, Romênia, Rússia, Espanha, Reino Unido e Malásia. O chefe de inteligência da Group IB, Dmitry Volkov, disse à Reuters que espera mais roubos em caixas eletrônicos.
(Por Jim Finkle; reportagem adicional por Anthony Deutsch)