Por Foo Yun Chee
BRUXELAS (Reuters) - A Huawei informou nesta quinta-feira que a segurança de seus equipamentos de rede de telecomunicações está tão rígida quanto qualquer outra, e rebateu o governo norte-americano por alertar os aliados de Washington.
A Huawei, líder do mercado global, é alvo de uma campanha de Washington que a barrou das redes 5G de próxima geração devido a preocupações com seus laços com o governo chinês e diz que os países ocidentais deveriam bloquear seus equipamentos.
A questão é crucial por causa do papel de liderança do 5G em produtos conectados à internet, desde carros autônomos e cidades inteligentes até a realidade aumentada e inteligência artificial.
"Provavelmente somos a fornecedora mais testada do mundo", disse a diretora de segurança cibernética da Huawei, Sophie Batas, a jornalistas em seu novo centro de segurança cibernética em Bruxelas.
Ela criticou os comentários de Robert Strayer, vice-secretário adjunto do Departamento de Estado dos EUA para comunicação cibernética e política de informações, que disse a jornalistas na quarta-feira que os países adotando estruturas de segurança baseadas em risco para 5G levariam a Huawei a ser banida.
"Eu tenho dificuldade em acreditar que um governo como os Estados Unidos organizou uma conferência de imprensa ontem para falar sobre uma empresa em particular, e me pergunto por que está indo tão longe", disse ela.
Batas disse que há uma série de testes que os clientes podem fazer nos produtos da Huawei no centro e em instalações similares em vários países, além de contratar avaliadores terceirizados independentes.
Ela disse que os escritórios de advocacia Zhong Lun, Clifford Chance e Ernst & Young analisaram as leis de inteligência da China e concluíram que não permitiam que Pequim instalasse recursos de brechas de segurança nos equipamentos de uma empresa.