JERUSALÉM (Reuters) - O Uber enfrenta uma disputa judicial em Israel, que reforça a lista de lugares em que a empresa é alvo de escrutínio, após o país alegar que motoristas não autorizados estariam sendo recrutados para um novo aplicativo gerenciado pela companhia.
O Ministério de Transportes de Israel informou nesta quarta-feira que uma investigação apontou que o Uber teria recrutado motoristas particulares para operar a rede sem as devidas licenças e que a empresa absorveu 25 por cento do custo de cada corrida.
O Uber, que afirma operar dentro das regras de Israel, está testando versão piloto do UberNight, em Tel Aviv, onde segundo a empresa os passageiros apenas pagam para ajudar a cobrir as despesas da corrida. O Waze, do Google, montou um serviço similar para passageiros em 2015.
Mas as regras israelenses, em um esforço para proteger a renda dos motoristas de táxi, proíbem que motoristas não autorizados recebam pelo transporte de passageiros e exigem que serviços como Uber e Gett utilizem apenas taxistas licenciados.
O Uber e seis motoristas particulares agora enfrentam acusações por não portarem a devida licença operacional e transportarem passageiros pagantes, de acordo com o Ministério.
Em resposta, a empresa alega se tratar de um programa piloto criada em conformidade com as regras israelenses e similar a outros aplicativos que operam com a meta de cobrir os custos.
"Passageiros e motoristas em Israel já estão desfrutando do UberNight nas horas em que as opções de transporte são limitadas", informou a companhia em comunicado. "O Uber está comprometido a continuar reduzindo os custos das tarifas em Israel".
(Por Ari Rabinovitch)