WASHINGTON (Reuters) - O líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, condenou os ataques hackers russos que visavam interferir na eleição presidencial de 2016 e apoiou uma investigação nesta segunda-feira, mesmo com o presidente eleito, Donald Trump, minimizando as preocupações sobre o assunto.
"Qualquer violação estrangeira em nossas medidas de cibersegurança é perturbador e eu condeno fortemente tais esforços", disse McConnell em uma coletiva de imprensa. "Isto simplesmente não pode ser uma questão partidária."
McConnell disse que "desafia a crença" de que os republicanos estariam relutantes em investigar a atividade, que supostamente ajudaria Trump.
Alguns parlamentares solicitaram um comitê especial para investigar os ataques, mas McConnell não apoiou a ideia, dizendo que tinha confiança nas análises da Inteligência do Senado e Comitês das Forças Armadas.
Não ficou claro se a Câmara dos Deputados responderia à invasão hacker e aos pedidos de investigação. Os comitês da Câmara não anunciaram planos de audiências e o presidente da Câmara, Paul Ryan, emitiu um comunicado criticando a Rússia, mas depreciando o que chamou de "exploração do trabalho de nosso comitê de inteligência para propósitos partidários".
(Por Patricia Zengerle e Doina Chiacu; reportagem adicional por Susan Heavey)