Por Michael Elkins
O Morgan Stanley (NYSE:MS) reiterou a classificação de “overweight” (acima da média) e o preço-alvo de US$ 220 para as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA), depois que a fabricante de veículos elétricos publicou os números de entregas e produção para o 1º tri.
A Tesla entregou 423 mil unidades no período, em linha com o consenso obtido pela empresa, com um aumento de 4,3% em relação ao trimestre anterior. As entregas anualizadas no intervalo ficaram um pouco abaixo de 1,7 milhão de unidades, enquanto a produção anualizada foi de 1,76 milhão de unidades.
Os analistas estimam que a maior produção em Berlim e Austin (ambas com 4 mil unidades/semana) pode adicionar conjuntamente de 100 a 200 mil unidades à taxa anualizada do 1º trimestre. Em paralelo com a produção adicional em Xangai e Fremont, o Morgan Stanley acredita que é possível atingir de 1,9 a 2 milhões de unidades entregues no próximo exercício fiscal. No entanto, para que isso aconteça, pode ser necessário realizar mais cortes de preços.
Os analistas escreveram em nota:
"Em vista do ambiente econômico em desaceleração, da pressão cada vez maior para que as instituições financeiras concedam empréstimos e do acirramento da concorrência (BYD e outros), acreditamos que a Tesla e seus concorrentes talvez precisem realizar mais cortes de preços para alcançar as expectativas consensuais de volume para este ano. Como temos ressaltado há algum tempo, o objetivo da Tesla é aumentar suas vantagens de custo na forma de preços mais baixos em relação à concorrência ao longo do tempo. Temos a opinião de que, sem cortes de preços agressivos, as vendas da Tesla podem não ter crescido em uma base sequencial, um sinal de que até mesmo o player mais dominante do mercado está suscetível a uma desaceleração macro e ao aumento da concorrência".
As ações da TSLA avançavam 0,97% antes da abertura desta terça-feira em Nova York.