Investing.com - Os analistas da Oppenheimer elevaram o preço-alvo da Netflix (NASDAQ:NFLX) em US$ 35, para US$ 450, e mantiveram a classificação de “outperform” (acima da média) para a ação, diante do lançamento do plano de compartilhamento pago da companhia, no qual os clientes podem escolher pagar US$ 7,99 a mais por transmissão adicional em outra residência.
Em seu último relatório, os analistas mencionam uma pesquisa recente da Oppenheimer, realizada com 1.800 clientes da Netflix nos EUA, a qual revelou uma "saudável propensão a pagar por usuários 'remotos'", além de mostrar que alguns usuários que haviam abandonado o serviço estão dispostos a pagar por sua própria assinatura.
Diante dos esforços da empresa para acabar com o compartilhamento de senhas, a pesquisa revelou que 48% dos entrevistados afirmaram que atualmente compartilham suas contas com usuários fora de suas residências, enquanto 45% estão dispostos a pagar por usuários remotos. Esses dados sugerem um potencial de cerca de ~36 milhões de novas assinaturas, considerando que existem aproximadamente ~75 milhões de assinantes nos EUA.
Além disso, o levantamento indicou que 55% dos titulares de contas não estão dispostos a pagar por transmissões adicionais em outras residências, o que representa um potencial de 20 milhões de assinantes para o serviço com anúncios. Por outro lado, 27% dos proprietários de contas estão dispostos a pagar US$ 6,99 (conta-padrão com anúncios) por pelo menos um usuário remoto, o que aumentaria a base de assinantes em 10 milhões. Combinando esses dados, haveria um potencial de ~30 milhões de novas assinaturas.
Com isso, os analistas mantiveram a classificação de outperform nas ações da Netflix e elevaram seu preço-alvo para US$ 450, com base em diversos fatores, como a diminuição da concorrência, a tendência de longo prazo de diminuição da TV linear, a exploração de anúncios e o fim do compartilhamento de senhas.
A ação da NFLX fechou o pregão de ontem em Nova York cotada a US$ 355,99 e acumula uma alta de 20% no ano.