HONG KONG (Reuters) - A Apple está otimista de que alguns dos populares aplicativos removidos de sua App Store na China este ano cumprindo determinações do governo serão reintegrados, afirmou na quarta-feira o presidente-executivo da gigante de tecnologia norte-americana, Tim (SA:TIMP3) Cook.
Cook, em declarações no Fórum Fortune na cidade de Guangzhou, no sul da China, também enfatizou que acredita fortemente nas liberdades, em comentários feitos depois de uma observação do senador dos Estados Unidos na terça-feira que a Apple tinha a obrigação moral de promover a liberdade de expressão.
A Apple está enfrentando críticas de usuários locais e ativistas por ceder à pressão do regulador cibernético de Pequim, após o órgão ter decidido remover dezenas de aplicativos de sua loja na China este ano, incluindo aplicativos de mensagens e serviços de redes privadas virtuais (VPN), que ajudam usuários a subverter o Grande Firewall da China.
"Minha esperança com o tempo é que algumas das coisas, as duas coisas que foram retiradas, retornem. Eu tenho muita esperança e otimismo em relação a isso", disse Cook, acrescentando que ele sempre tenta encontrar áreas para trabalhar em parceria e, se for criticado por isso, que seja.
As lojas de aplicativos da Apple e do Google, da Alphabet, geram bilhões de dólares em receita globalmente para as companhias, e a China é um mercado essencial, uma vez que seus usuários dependem fortemente de seus celulares para tarefas diárias.
Cook disse que não poderia estar mais feliz com o desempenho do iPhone X na China, terceira maior região da Apple em vendas, embora tenha perdido participação de mercado no país nos últimos anos, com os dispositivos de alta qualidade produzidos por rivais locais continuando a ganhar força.
Por Sijia Jiang e Anne Marie Roantree