NOVA YORK (Reuters) - O órgão regulador de valores mobiliários dos Estados Unidos processou nesta quinta-feira o presidente-executivo da Tesla (NASDAQ:TSLA), Elon Musk, acusando-o de fraude por fazer uma série de declarações "falsas e enganosas" no Twitter (NYSE:TWTR) sobre a possibilidade de fechar o capital da montadora elétrica.
Na acusação, a Securities and Exchange Commission (SEC) disse que Musk "sabia ou foi negligente em não saber" que enganava investidores em 7 de agosto dizendo a seus mais de 22 milhões de seguidores no Twitter que poderia deslistar a Tesla por 420 dólares por ação e que tinha "financiamento garantido".
A queixa também critica os tuítes subsequentes em que Musk disse que "o apoio dos investidores está confirmado" e que um "fundo para fins especiais" pode ser criado para os investidores que ficarem com a empresa.
A Tesla não estava imediatamente disponível para comentar.
O processo judicial desta quinta-feira faz de Musk um dos executivos de mais alto perfil a ser acusado pela SEC por fraude de valores mobiliários.
O órgão norte-americano também quer impedir Musk de administrar empresas listadas, o que incluiria a Tesla, além de uma multa civil. A SEC não tem poder de penalização criminal.
Musk há muito tempo usa o Twitter para criticar investidores que apostam contra a montadora, e vários processos judiciais de investidores foram movidos contra ele e a Tesla pelos tuítes.
Em 24 de agosto, depois que as notícias sobre a investigação da SEC se tornaram conhecidas, Musk escreveu no site da empresa que a Tesla permaneceria listada, citando a resistência dos investidores.
(Por Jonathan Stempel)
(Por Aluisio Alves)