PARIS (Reuters) - A Renault disse nesta terça-feira que planeja uma atualização de software para cortar o poluente óxido de nitrogênio de seus motores a diesel, que têm sido criticados por suas emissões relativamente altas na onda do escândalo de fraude de testes da Volkswagen.
Após a exposição da VW em setembro, por usar "dispositivos defeituosos" para trapacear os testes de regulamentação dos Estados Unidos, a montadora francesa atraiu a observação criteriosa do público e de investidores sobre seu próprio desempenho sobre emissões.
Além da trapaça aberta da VW, o escândalo de diesel aumentou a preocupação de emissões de NOx pela indústria automotiva, de maneira mais ampla, excedendo e muito aquelas medidas nos falhos testes regulatórios europeus - com a Renault sendo frequentemente citada por ativistas como uma das piores infratoras.
O grupo ambientalista alemão DUH disse em novembro que a popular minivan Espace, da Renault, havia liberado emissões de NOx 25 vezes maiores que os limites europeus durante um estudo suíço que utilizou estilos de direção mais realistas que os usados no ciclo de testes da União Europeia.
"Concordamos que nossa posição não é satisfatória", disse o diretor de competitividade da Renault Thierry Bollore aos repórteres na sede da empresa a oeste de Paris, enquanto contestava muitas das medições divulgadas. "Somos os primeiros a admitir que temos que melhorar".
A montadora francesa detalhará os ajustes planejados em março para veículos com a mais recente geração de motores a diesel Euro, disse Bollore a repórteres, e começará a oferecer voluntariamente verificações de motores a proprietários quatro meses depois.
(Por Laurence Frost e Gilles Guillaume)