MUMBAI (Reuters) - A varejista online indiana Snapdeal está tentando levantar um pouco mais de 100 milhões de dólares de atuais acionistas, incluindo o japonês SoftBank, e de novos investidores, disse seu diretor financeiro.
A empresa, que no ano passado perdeu o segundo lugar no mercado altamente competitivo de varejo online da Índia para a Amazon.com, pretende tornar-se lucrativa em dois anos, mas enfrenta queda nas reservas de caixa.
O diretor financeiro da empresa, Anup Vikal, disse que a Snapdeal tem caixa suficiente para este ano, após fontes dizerem à Reuters no mês passado que a empresa buscando investimentos para fortalecer suas finanças depois de negociações sem êxito com os fundos chineses e o investidor Alibaba.
"Cerca de pouco mais de 100 milhões de dólares é o de que precisamos, até que comecemos a ser independentes", disse Vikal à Reuters na segunda-feira.
Vikal disse que alguns dos atuais investidores da Snapdeal, incluindo o SoftBank, seu maior apoiador, estavam dispostos a participar da captação de recursos. O SoftBank se recusou a comentar sobre o assunto.
O setor de varejo online da Índia é liderado pela Flipkart.
A Snapdeal promoveu redução de gastos incluindo o uso de sistemas automatizados para diminuir custos de mão-de-obra e renegociação de contratos de fornecedores. Em fevereiro, a empresa também dispensou 600 funcionários e seus fundadores Kunal Bahl e Rohit Bansal deixaram de receber salários.
As medidas e uma redução acentuada nos custos ajudaram a empresa a reduzir perdas de forma significativa, disse Vikal.
O executivo não quis comentar se a Snapdeal poderia ser um alvo de aquisição. O Alibaba, de acordo com uma fonte, está em negociações iniciais com a SoftBank sobre a possível fusão da Snapdeal com o rival local Paytm.
Falando sobre o braço de pagamentos digitais FreeCharge que, segundo fontes, a Snapdeal está avaliando vender, Vikal disse que a empresa avalia qualquer "interesse de entrada" e alguns agentes de mercado internacionais mostraram interesse em se tornar parceiros no negócio.
(Por Sankalp Phartiyal)