TÓQUIO (Reuters) - A Toshiba Corp escolheu um consórcio formado pela empresa Bain Capital e investidores do governo japonês como a melhor oferta para o seu negócio chips, e quer fechar o acordo de cerca de 18 bilhões de dólares na próxima semana, enquanto busca fundos para cobrir perdas substanciais.
Mas as perspectivas para uma resolução límpida e antecipada da venda da segunda maior produtora de chips NAND do mundo não são claras, já que a Western Digital, parceira da Toshiba no negócio de chips, entrou com uma ação legal para prevenir um acordo sem seu consentimento.
O consórcio ofereceu cerca de 2 trilhões de ienes, disse um porta-voz da Toshiba. O Bain planeja ser o maior investidor, viabilizando 850 bilhões de ienes (7,7 bilhões de dólares) em capital, disseram três fontes informadas sobre o assunto.
A oferta foi menor do que uma proposta rival de 2,2 trilhões de ienes da fabricante de chips Broadcom em parceria com a empresa norte-americana de private equity Silver Lake. Mas a proposta do Bain-Japão tem a aprovação implícita do governo japonês que está interessado em manter a tecnologia-chave de semicondutores sob controle doméstico.
A Toshiba não pode ignorar o governo pois precisa de sua ajuda com planos, incluindo o desmantelamento de usinas nucleares domésticas e projetos de energia nuclear no exterior que estão atualmente no limbo após a falência da unidade nuclear norte-americana da Toshiba.
Alguns analistas acreditam que as negociações sobre o controverso acordo se tornaram tão complexas que apenas uma solução orquestrada pelo governo é possível, mas outros duvidam que o grupo fornecer a liderança necessária que a unidade de chips precisa.
(Por Makiko Yamazaki e Taro Fuse)