WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quinta-feira o jornal Washington Post de "principal lobista" da Amazon.com, repetindo o seu ataque não fundamentado contra o jornal.
O periódico é de propriedade de Jeff Bezos, fundador e presidente-executivo da varejista online. A Amazon não é dona do Post.
Trump critica regularmente o que ele considera artigos críticos do Post, bem como do New York Times e da CNN. Na quinta-feira, ele discordou de uma manchete no Post sobre a China retaliando com medidas comerciais produtos norte-americanos.
"O Fake News Washington Post, o principal lobista da Amazon, tem outra (de muitas) falsas manchetes", disse Trump no Twitter.
A Amazon e o Washington Post não responderam imediatamente às solicitações de comentários.
No último fim de semana, Trump chamou o Washington Post de lobista da Amazon em um tuíte. Martin Baron, editor-executivo do Washington Post, rejeitou a acusação.
"Não há ninguém aqui que seja pago pela Amazon", disse Baron ao New York Times em uma reportagem publicada na terça-feira. "Nem um centavo."
As ações da Amazon subiam 2,6 por cento às 12h30 desta quinta-feira. Antes da abertura, as ações acumulavam queda de 4 por cento desde que o site de notícias Axios informou na semana passada que Trump estava obcecado com a Amazon e queria restringir seu poder, possivelmente com ação antitruste.
Desde a reportagem, Trump tem atacando repetidamente o uso do Serviço Postal dos Estados Unidos pela Amazon, alegando que os correios estão perdendo dinheiro entregando pacotes da Amazon, sem apresentar nenhuma evidência para respaldar sua afirmação.
(Reportagem da redação de Washington)