Por Alistair Smout
LONDRES (Reuters) - O Uber admitiu ter cometido erros, mas disse nesta segunda-feira, durante audiência de recurso contra decisão que retirou sua licença em Londres, que mudou. O regulador de transportes de Londres (TfL) surpreendeu a empresa em setembro passado, recusando-se a renovar sua licença, citando falhas em seus procedimentos para denúncia de crimes e em verificações de antecedentes dos motoristas. O Uber , apoiado por grupos financeiros como Goldman Sachs e BlackRock e avaliado em mais de 70 bilhões de dólares, tem enfrentado protestos, proibições e restrições em todo o mundo enquanto desafia operadores tradicionais de táxi e irrita sindicatos de motoristas.
O processo judicial em Londres é um teste sobre o quanto o Uber pode demonstrar que mudou e enquanto a apelação estiver sendo analisada, a empresa pode continuar operando seu serviço na cidade. A juíza Emma Arbuthnot disse que provavelmente decidirá o caso na terça-feira, depois de ouvir o TfL.
Dara Khosrowshahi, presidente-executivo do Uber que assumiu o posto um mês antes da decisão do órgão londrino, tem desde então se comprometido em "consertar as coisas" na capital britânica. Em Londres, a empresa fez várias mudanças em seu modelo de negócios desde a perda de sua licença, incluindo a introdução de suporte por telefone 24 horas por dia, 7 dias por semana, e sido proativa em relatar incidentes graves à polícia local.
O advogado do Uber, Thomas de la Mare, disse que a empresa aceitou a decisão de setembro e o foco da apelação deve estar nas reformas realizadas pela empresa desde então.
A juíza Arbuthnot sinalizou que qualquer renovação da licença do aplicativo poderia ser por um período menor do que os 18 meses que a empresa busca conseguir.
Para o Uber está em jogo um dos seus mais importantes mercados estrangeiros. Dos seus mais de 60 mil condutores na Grã-Bretanha, cerca de 45 mil estão em Londres.
(Por Alistair Smout)