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UE pede que grupos de tecnologia dos EUA ajam mais rápido em combate a conteúdo de ódio na internet

Publicado 05.12.2016, 14:47
Atualizado 05.12.2016, 14:50
© Reuters.  UE pede que grupos de tecnologia dos EUA ajam mais rápido em combate a conteúdo de ódio na internet

BRUXELAS (Reuters) - Gigantes de tecnologia dos Estados Unidos, incluindo Facebook, Twitter, Google e Microsoft terão que agir mais rápido para combater discursos de ódio que circulam na internet ou terão de se submeter a leis que as obriguem a fazê-lo, informou a Comissão Europeia no domingo.

O alerta surge seis meses após as empresas terem aderido voluntariamente a um código de conduta que requer a tomada de iniciativa dentro de 24 horas na Europa, num momento em que crescem as preocupações com a crise de refugiados e os ataques terroristas.

O acordo exige que as companhias removam ou desabilitem o acesso a conteúdos, se necessário, além de melhorar a cooperação com organizações civis e promover "contranarrativas" ao discurso de ódio.

O código de conduta faz parte dos esforços das empresas para conter manifestações de ódio em seus sites, incluindo o desenvolvimento de ferramentas para os usuários reportarem conteúdo inapropriado e o treinamento de funcionários para lidar com essas questões.

Contudo, um relatório a pedido da comissária de justiça da UE, Vera Jourova, mostrou que o cumprimento do código está longe de satisfatório.

"Na prática, as empresas levam mais tempo e ainda não atingiram a meta. Elas apenas revisaram 40 por cento dos casos registrados em menos de 24 horas", informa o documento. "Após 48 horas, o número é de mais de 80 por cento. Isso mostra que a meta pode ser alcançada, mas requer esforços muito maiores por parte das empresas."

A Comissão informa que pode introduzir leis para forçar uma ação mais efetiva. "Se Facebook, YouTube, Twitter e Microsoft querem convencer a mim e aos ministros que uma abordagem não legislativa pode funcionar, eles terão que agir rapidamente ou fazer um esforço maior nos próximos meses", afirmou Jorouva ao Financial Times. Sua porta-voz confirmou as declarações.

(Por Foo Yun Chee)

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