O leilão do 5G realizado na quinta-feira, 4, e nesta sexta-feira, 5, teve como saldo um valor econômico final de R$ 46,79 bilhões, a partir dos lotes leiloados nas faixas de 700 MHz, 3,5 GHz, 2,3 GHz e 26 GHz. O ágio médio em relação ao preço mínimo foi de 218%, e de 12% em relação ao valor econômico.
O ministro das Comunicações, Fabio Faria, afirmou que o certame "superou todas as expectativas". "Temos certeza que todos os valores arrecadados serão convertidos em benfeitorias", disse o ministro em coletiva à imprensa sobre os resultados do leilão. "Foi o maior leilão da história da América Latina na telecomunicação e o segundo maior do Brasil, atrás apenas do pré-sal", comentou. Sobre os lotes que não foram arrematados - o que aconteceu principalmente na faixa de 26 GHz -, Faria afirmou que os espectros poderão ser negociados em breve.
O ministro e os técnicos da Anatel, no entanto, não apontaram para um período específico e nem divulgaram a quantidade final de lotes que não foram arrematados. "O entendimento que nós temos é que se em algum momento próximo for oportuno republicar, seria basicamente uma republicação do edital nos mesmos termos, não seria um novo leilão", afirmou o conselheiro Carlos Baigorri. Dos lotes arrematados, na faixa de 700 MHz, o valor econômico final foi de R$ 3,57 bilhões, com ágio de R$ 1,27 bilhão.
Para a faixa de 3,5 GHz, nacional, o valor econômico final ficou em R$ 22,79 bilhões, ágio de R$ 145 milhões, e regional, R$ 7,92 bilhões e R$ 1,88 bilhão, respectivamente. Já na faixa de 2,3 GHz (bloco de 50 MHz), o valor econômico final arrecadado foi de R$ 5,96 bilhões, e ágio de R$ 1,09 bilhão.
No bloco de 40 MHz, os números foram de R$ 3,49 bilhões e R$ 653 milhões, respectivamente.
Enfim, na faixa de 26 GHz, o valor econômico final somou R$ 3,03 bilhões, com ágio de R$ 54 milhões.